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A arte da convivencia familiar

É muito importante um relacionamento sadio e equilibrado entre pais e filhos, baseado no diálogo aberto, claro e sincero, na compreensão e orientação adequada, no carinho e no respeito das individualidades. Essa é a base para criar filhos seguros, responsáveis e equilibrados emocionalmente. Infelizmente, não é bem isso que acontece em muitas famílias. Os pais estão sempre com problemas tais como: a luta diária pela sobrevivência, fazendo com que o tempo de convivência com os filhos se torne bem reduzido; os próprios conflitos individuais, familiares e de relacionamento conjugal que muitas vezes levam a separação e divórcios.

Na vida materialista que vivem, muitos pais priorizam o consumismo, não deixando faltar nada aos filhos, trabalham muito para comprar roupas de marcas famosas, videogames e outros bens de consumo. Entretanto acabam esquecendo do mais importante no relacionamento entre pais e filhos que é o amor transmitido no convívio diário, através dos pequenos gestos, do diálogo, do exemplo e da orientação (e para isto não é necessário ter condições financeiras favoráveis).

Alguns adultos apresentam dificuldades ao lidar com seus próprios sentimentos e emoções, não conseguindo, assim, expressar seu amor através do carinho e da atenção. Procuram compensar essa falta com a doação de presentes materiais. Por outro lado, há aqueles que exageram, “mimando” demais os filhos e não conseguem impor limites, pois dizer “não” ao filho significa um sofrimento muito grande. Muitas vezes são pais inseguros, que temem, inconscientemente, perder o amor dos filhos ao contrariá-los. Acabam, assim, criando filhos inseguros e despreparados para lidar com as frustrações da vida.

É muito importante dar atenção à criança, ouvir suas queixas e histórias sempre com interesse. É necessária a criação de laços emocionais fortes entre pais e filhos desde o início da convivência, na infância, para que na adolescência e juventude os filhos tenham confiança e dividam com os pais seus problemas. O que vale num relacionamento é a qualidade e não a quantidade de tempo. Mesmo que os pais trabalhem muito e cheguem tarde em casa, é preciso doar no mínimo alguns minutos do dia ao filho e fazer desse momento algo muito especial, provavelmente o melhor pedaço do dia e se entregar totalmente ouvindo, dando carinho e atenção, perguntando como foi o seu dia, vendo suas lições, e etc.

Uma reunião semanal, com envolvimento de todos os membros da família, deveria ser um hábito, uma rotina. É uma oportunidade para que todos compartilhem os progressos e as dificuldades de cada um. É o momento para elogiar, organizar e dividir as tarefas para a próxima semana e, muitas vezes, colocar os limites necessários aos filhos. Para compreender melhor os filhos, é necessário colocar-se no lugar deles e lembrar-se de sua própria infância, pois muitos pais buscam inconscientemente solucionar suas antigas frustrações através dos filhos, dando a eles o que gostariam ter recebido em sua infância. Isso é muito perigoso, pois, na maioria das vezes, a necessidade de criança é outra, e não a mesma que os pais tinham em sua infância.

Os pais precisam se realizar como pessoas para não sobrecarregarem os filhos, impondo a eles obrigação de serem melhores em tudo, como se disso dependesse a sua própria realização. Tudo na vida é uma escolha e é muito importante assumir suas próprias decisões, para não responsabilizar os filhos por planos que foram adiados em função da chegada deles. Muitas vezes é preciso procurar ajuda profissional de especialistas para problemas de relacionamento familiar. Hoje, a ciência está bem evoluída e a psicologia ajuda o ser humano a lidar melhor consigo mesmo, através do auto-conhecimento, melhorando, assim, a qualidade de seus relacionamentos e de sua vida, o progresso interior e a evolução do ser humano não conhece limites e quando uma pessoa resolve procurar ajuda para melhorar, significa que já está num processo de crescimento e amadurecimento que lhe permite encarar suas dificuldades, buscando libertar-se para uma vida melhor.

Fonte: Maria Cristina Malimpensa Mariana - Psicóloga - CRP 06/19421 - www.clinicamcm.com.br